Protesto organizado pelo Sismuc em frente à Câmara Municipal de Curitiba. Foto: Júlio Carignano

Sob protestos de servidoras e servidores municipais em frente à Câmara Municipal de Curitiba, o prefeito Rafael Greca (PMN) abriu os trabalhos da casa legislativa nesta segunda-feira (5). Em sua fala, o prefeito resumiu-se a enaltecer eventos, a deixar a impressão que a cidade passou por uma grande transformação no ano passado e a atacar opositores e a população que tem se manifestado contra a seu governo, como por exemplo os moradores da Vila Barigui, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que realizaram na última sexta-feira (2) um ato contra a gestão municipal.

Enquanto do lado de fora do Palácio Rio Branco, trabalhadoras representadas pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) faziam um protesto em tom de marchinha de carnaval com o “Bloco das Sereias Barbudas e a Nau de Greca”, do lado de dentro o prefeito minimizava os atos contrários à sua gestão. “Calem-se as vozes que dizem que eu não quero abrir a UPA da CIC. Tentaram gritar contra mim na última semana e não reuniram 30 pessoas. Trio elétrico para 30 pessoas é fiasco da oposição. A UPA vai ser aberta por um modelo novo, terceirizado. Vou ousar, experimentar”, discursou.

A mobilização em frente à Câmara de Vereadores teve como alvo principal o aumento de impostos e o congelamento de salários do funcionalismo. “A fala dele sempre é que está tudo bem, que a cidade está ótima, que não temos problemas. É uma fala fantasiosa”, classificou a vereadora Professora Josete (PT), ao afirmar que o prefeito esconde a realidade da cidade. “O protesto na CIC tinha mais de duzentas pessoas e trancou duas vias porque a população precisa da reabertura da unidade, mas é contra essa forma de terceirização”, contrapôs.

Em seu discurso, Rafael Greca reportou-se aos servidores e servidoras, afirmando que era preciso ter o espírito da ‘alegria de servir’. “Todos os servidores e servidoras tem a noção da importância de seu papel. Mas essa alegria deve vir acompanhada de condições de trabalho, de valorização dos profissionais. Eles fazem o melhor possível para atender a população de Curitiba, mas para ter essa alegria que o prefeito cita é necessário mudar muita coisa”, comentou Josete.

O protesto das servidoras e servidores foi acompanhado por equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Guarda Municipal. “Essa manifestação é uma resposta ao prefeito que desvaloriza e desqualifica o funcionalismo. Que congela salários e planos de carreiras. Isso é consequência da atitude do prefeito, que é arrogante e autoritário. Na sua fala fantasiosa, deu para perceber que o prefeito ainda não desceu do salto, que continua na toada do escárnio e do preconceito ao funcionalismo público”, concluiu Josete

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